A depressão e a bipolaridade no filme “Mad World”

Tung, à sua maneira tenta lidar com a depressão. (Foto Divulgação)
Foto divulgação

Doenças como depressão e transtorno bipolar tem sido cada vez mais comum na nossa sociedade moderna. Aliás, sofrimento psíquico talvez seja o melhor termo para tratar da relação individuo e sociedade hoje.

A depressão e da bipolaridade são o mote do filme coreano Mad World, lançado em 2016, sob a direção de Chun Wong.

O filme conta a historia de um jovem, Tung, analista financeiro que passou um ano internado, diagnosticado com depressão e bipolaridade. Antes ele cuidava sozinho de sua mãe, abandonada pelo marido e por outro filho que foi morar nos Estados Unidos.

Após um ano de internação Tung foi morar com o seu pai em um cubículo, na cidade  de Hong Kong. O lugar mau cabe uma cama beliche, uma TV e uma mesa, para cujo uso é preciso sempre montar e depois desmontar, para que pai e filhos possam ter algum tipo de mobilidade no minúsculo quarto.

Tung foi acusado de homicídio culposo, depois de um acidente de sua mãe no banheiro, pouco antes de ele ter sido internado.

O sofrimento do jovem Tung se mostrar desesperador, pois ele tenta recompor sua vida depois da internação, mas logo percebe que sua vida a cada dia se mostrar mais difícil e perturbadora.

Tung não se dá muito bem com o seu pai, o senhor Wong; aliás, ele guarda muita e muitas mágoas por ter sido abandonado pelo seu genitor e ter sido obrigado a cuidar sozinho de sua mãe doente.

Mas Tung tenta voltar ao trabalho e, quem sabe, ter de volta sua esposa, que o deixou depois de todos os percalços que vieram juntos, mas precisamente com a doença do jovem analista. Ele não consegue trabalho, pois todos o têm na conta de um louco e perigoso.

Mad World nos mostra a dura realidade daqueles que apresentam algum tipo de sofrimento psíquico. Sem trabalho, sem credibilidade e com um pai simplório que tenta a reconciliação com o filho doente, Tung se vê perdido em um mundo que não o entende e que torna sua vida um eterno sofrimento.

A dura realidade mostrada no filme destaca o preconceito, a ignorância de todos numa sociedade individualista e também doente.

Em Mad World adentramos na complexidade que envolve aqueles acometidos por depressão, bipolaridade e demais patologias relacionadas.

Num mundo permeado pela ignorância e pela coisificação do ser humano, o filme nos coloca na parede diante  do sofrimento apresentado por Tung e nos chama a atenção para doenças como o transtorno bipolar e a depressão, fruto da própria sociedade moderna.

Sobre o filme “O quarto de Jack”

O Quarto de Jack - Foto
Imagem http://www.adorocinema.com/filmes/filme-228263/criticas-adorocinema/

Hoje eu assisti O quarto de Jack; é um filme muito bom que conta a historia de uma jovem que vive cativa num quarto com um filho que de cinco anos, após ter sido sequestrada e estuprada quando tinha dezessete anos

o filme envolve o espectador com os mínimos detalhes de uma vida reclusa num cubículo que obriga mãe e filho aprender a lidar com um rotina de prisioneiros.

Para o pequeno Jack a realidade não parece ser tão estranha, até mesmo por ter nascido no cativeiro e não ter tido ainda a experiência do mundo lá fora; este Jack, conhecia apenas pela televisão; aliás, para o menino o mundo não era nada mais além daquilo que vivia e via pela TV; até mesmo os desenhos animados pareciam reais e as comidas e outros itens necessários para o uso diário eram também originados da TV.

O mundo de Jack se assemelhava ao mundo dos prisioneiros da Caverna de Platão, nada era mais real além do que estava ao seu alcance. Nem mesmo o outro lado existia para o garoto.

O quarto de Jack, (Room, título original), dirigido por Lenny Abrahamson é uma obra baseada no romance homônimo da escritora Emma Donoghue, lançado no ano de 2010.

o filme permite um olhar reflexivo sobre a vida, os modos de lidar com as dificuldades e, sobre o mundo como um cativeiro, o qual exige constantemente do ser humano a necessidade da vontade para enfrentar os desafios da vida como uma dura realidade.

Escravidão volume 1

Estou lendo o livro Escravidão, volume 1, de Laurentino Gomes. Cada frase que leio é como um golpe profundo. Explico: é que dá vergonha e tristeza saber que a base da chamada civilização criada pelos humanos é a ESCRAVIDÃO.

A vontade é de ler tudo num fôlego só, mas é triste, muito triste, saber que a humanidade parece constituir-se num grande erro. e ainda por cima criaram um deus único para legitimar toda desgraça humana.

Grupo de Rodrigo Maia recebe apoio de partidos de esquerda

Pelo andar da carruagem tudo indica que o deputado Rodrigo Maia conseguirá eleger o seu indicado para a presidência da Câmara.

Conforme destaca o site 247, PT, PCdoB, PDT e PSB se aliam ao grupo de Maia pela presidência da Câmara.

Contando os possíveis votos, com o apoio desses partidos de esquerda Maia tem o apoio de 280 deputados e o deputado Arthur Lira (PP-AL) tem 200.

Considerando, portanto os votos do apoio, Maia certamente emplacará o seu indicado para a presidência da Câmara Federal.

Passada de mão: Deputado assedia parlamentar na Alesp

Conforme destaca o site Uol, a deputada estadual Isa Penna (PSOL) registra na tarde de hoje um Boletim de Ocorrência por assédio sexual e uma denúncia formal por quebra de decoro contra o deputado estadual Fernando Cury (Cidadania). Na noite de ontem, durante sessão da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), Cury se aproximou por trás da deputada, colocou e manteve as mãos em sua cintura, na altura dos seios. Um vídeo público da sessão mostra o momento. As imagens mostram que a deputada conversava com o presidente Cauê Macris (PSDB), apoiada no balcão do plenário, quando Cury se aproximou por trás dela…. – Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/12/17/isa-penna-denuncia-deputado-fernando-cury-por-assedio-na-alesp.htm?cmpid=copiaecola

Confira vídeo

Vereador eleito Lindbergh Farias será diplomado

O ex-senador e agora vereador eleito pelo Rio de Janeiro Lindbergh Farias será diplomado, finalmente.

Por seis votos a um o vereador Lidberg Farias será finalmente diplomado. Ele foi um dos vereadores mais votados na última eleição e estava impedido de ser diplomado.

Segundi destaca o site 247 o Ex-senador e agora vereador eleito pelo Rio de Janeiro, Lindbergh Farias (PT-RJ) comemorou em vídeo no Twitter decisão desta quinta-feira (17) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que validou sua eleição como parlamentar da capital fluminense.

“Tem muita gente nesse Brasil que queria acabar com o PT, mas o PT não acaba e a gente não desiste de lutar. Sabe por que, pessoal? Porque nós temos a causa. A nossa causa é a causa do povo trabalhador, do povo mais pobre, que está sendo massacrado por esse governo. Eu estou muito emocionado. Eu sempre tive certeza que a gente ia vencer essa batalha”, afirmou.

O ex-senador foi acusado de fazer propaganda pessoal em material distribuído pela Prefeitura de Nova Iguaçu (RJ) durante a sua gestão.

Biden e a democracia necessária

A vitoria do democrata Joe Biden nas eleições dos Estados Unidos significa muito neste momento histórico que estamos vivendo.

Sabemos que Biden não é tudo, afinal, não é essas coisas toda, como podemos assim dizer; mas sim, podemos considerar, sem sombra de dúvidas, que a vitória desse democrata significa um novo rumo para os estados Unidos e para o mundo.

A truculência de Trump recebeu uma resposta à altura com a vitória de Biden e Camala Harris; é que o povo, pelo menos grande parte dos americanos, resolveu dar um basta a uma politica desastrosa e odiosa que vinha tomando conta dos Estados Unidos e influenciando negativamente o mundo.

O Estados Unidos e o mundo precisam de paz e não de ódio, e essa foi a grande resposta dada pelas urnas na última eleição americana.

Agora vamos lutar por um mundo de paz e com mais amor, por um mundo sem ódio e sem violência.

Se Trump não aceita a derrota, isso é problema dele, os americanos, principalmente as instituições democráticas com seus representantes não podem ir à bancarrota de um político inescrupuloso como Donald Trump, que tanto mau tem feito ao povo americano de uma forma geral, especialmente aos negros e imigrantes.

Robinho e a cultura do estupro

Robinho concede entrevista ao UOL - Marcelo Ferraz/UOL
Robinho concede entrevista ao UOLImagem: Marcelo Ferraz/UOL

O jogador Robinho está implicado num caso de estupro de uma menina na Itália. Pelo que consta já foi condenado em primeira instância naquele país.

As gravações e mensagens tonadas públicas deixam claro que Robinho participou sim do estupro da garota, juntamente com outros amigos.

Diante de tanta evidencia o Santos Futebol Clube, time que Robinho já havia se destacado, queria porque queria consolidar um novo contrato com o jogador.

Mas a situação ficou insustentável para o jogado numa nova temporada, depois que bombou nas redes sociais denuncias e criticas ao jogador. Com isso o contrato foi suspenso.

O que é mais curioso é um time grande como o Santos ter, a principio, ignorado o crime cometido por Robinho, crime esse hediondo.

Para não ficar feio para o time da Vila Belmiro, resolveram que não dava mesmo para ir pra frente com um novo contrato.

A posição do Santos, a principio, e dos torcedores que defendem Robinho, na verdade se encaixam no que é denominado de Cultura do estupro. Ou seja, é quando se normaliza uma situação de estupro de tal modo que insistem em seguir a vida como se nada tivesse acontecido.

Robinho cometeu crime, como tem ficado claro com a condenação por estupro e, principalmente com as evidencias das mensagens divulgadas.

E o pior ainda é que o jogador ainda tripudia da situação ao afirmar que a menina estava bêbada. Não percebe o infeliz que tal argumento se mostra ainda mais nauseabundo; é o tipo que dá nojo ver e ouvir tanto abusrdo.

Quer dizer que se a menina estava bêbada ela podia ser estuprada? Oh Robinho, você não percebe que seu argumento torna você inda mais culpado?

E ainda como se tudo não bastasse, torcedores do ignóbil jogador estão ameaçando jornalistas por tornarem publico a atitude vergonhosa do Robinho.

Cultura do estupro é passar pano a crime dessa natureza, independente de quem comete, seja quem for.

O filme ‘O Dilemas das Redes’ (The Social Dilemma, 2020)

Reprodução

O dilema das redes ( The Social Dilemma, 2020) é um documentário dirigido por Jeff Orlowski e está disponível na Plataforma de Stream Netflix.

Este documentário, embora há poucos dias em exibição, já tem dado o que falar. E qual a razão de ter chamado a atenção do público e do meio acadêmico? É que trata-se de um filme que incomoda com o tema das redes sociais, mais precisamente porque coloca em evidência os problemas e dilemas trazidos com o avanço das redes sociais.

A primeira coisa que chama à atenção é que as redes sociais são alvo de questionamentos por nada mais do que pessoas responsáveis pela criação de ferramentas hoje bastante usadas pelos internautas, como é o caso do criador do ícone  de curtir. A ideia era trazer uma expressão de positividade no mundo, mas, ao contrário do que foi pensado, o ícone passou a ser responsável por problemas como depressão, ansiedade, quando as pessoas percebem que suas postagens recebem poucas curtidas.

 O filme, que mescla entrevistas, depoimentos e elementos de ficção, tem a participação de ex-executivos  de bigtechs como Twitter, Facebeook, Instagram, youtube, Google e Pinterest.

A grande questão que permeia o documentário, como o próprio nome já indica, é qual o dilema das redes? Existe um problema com o uso das redes sociais? A resposta é sim e muito.

A questão é que enquanto alguém usa as redes sociais, por qualquer motivo que seja, como para entreter-se, o fato é que há “gigantes” da tecnologia empenhados o máximo possível em obter a atenção de seus usuários e, com isso, manipular suas emoções e suas decisões.

O problema em si não são as redes sociais, mas sim como as redes sociais são usadas; melhor dizendo, o que há por trás das redes sociais.

Há frases como a do tipo: Você é o produto, pois, uma vez que você não paga para usar as redes sociais, então você é o produto. Se no período escravocrata um ser humano era vendido para gerar riquezas para os seus donos e comerciantes, então hoje você é vendido cada vez que usa uma rede social; ou seja, eu, você, nós somos todos produtos à venda.

Sim, somos comercializados e ainda por cima somos reféns das nossas decisões que na verdade não são nossas, mas sim, sugeridas, induzidas.

Vê-se, portanto, que o documentário Dilema das redes é extremamente atual e até mesmo visceral, provocante, pois nos chama à atenção do mundo que estamos vivendo e do que estamos fazendo dele.

Há muita coisa em questão com a dinâmica das redes sociais hoje; e o estrago não é para apenas um indivíduo, mas para todos; e isso porque ainda não sabemos como usar as redes sociais de fato para o bem.

A questão é mais profunda, pois o estrago é psicológico, comportamental, social e político. Sim, as democracias estão em risco com o uso indevido das redes sociais, especialmente por magnatas, políticos e gestores inescrupulosos;  e já temos exemplos concretos de como a manipulação das redes sociais alçaram ao poder extremistas de direita como Trump nos Estados Unidos e Bolsonaro no Brasil.

Mas há um inconveniente que ainda assusta muito: saber o que fazer diante da realidade de manipulação das redes sociais por parte das grandes corporações, políticos, gestores e governantes inescrupulosos que se alimentam das fakenews. Como parar com isso? E por que os principais responsáveis não são punidos?

Sim, a pergunta é, também, por que as empresas responsáveis pelas principais redes não se sentem responsáveis pelos danos causados aos seus usuários e a sociedade? Como regulamentar as redes sociais de modo que possamos nos sentir de fato seguros com o seu uso e, principalmente, como ter autonomia com o uso das redes sociais?

Acredito que a principal contribuição do documentário O dilema das redes é favorecer o debate e a reflexão para o uso das redes sociais com vistas a criar mecanismos eficientes e eficazes de regulamentação para o uso saudável e para a melhoria do nosso convívio no mundo.